quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Revisitando antigos diários da escritora

Estranho ler o meu passado interior. É como se eu o revivesse, mergulhasse mais em mais em mim. Na minha melancolia particular. É como se eu me tornasse cada vez mais eu.

sábado, 28 de setembro de 2013

Chega de Saudade

c'est assez le nostalgie
la realité c'est que sans elle
il n'y a paix
il n'y a beauté
c'est soulement tristesse
et la mélancolie
qui ne me quitte pas, ne me quitte pas, ne quitte pas

domingo, 23 de junho de 2013

Estão estragando com tudo o que é meu

ESTÃO ESTRAGANDO COM TUDO O QUE É MEU! Eu já nasci com o meu comunismo estragado, depois um reallity show idiota estraga com o meu 1984, depois um grupo de anonymous brasileiros estragam com o meu Guy Fawkes/V de Vingança, depois uns pastores/políticos evangélicos estragam com o meu cristianismo, depois uns fascistas estragam com o meu nacionalismo e agora uns militares estragam com o meu Pra Não Dizer que Não Falei das Flores? O que mais falta?

terça-feira, 11 de junho de 2013

A Massa

"Dentro da massa existe o homem, e o homem é difícil de se dominar. Mais difícil que a massa."
Terra em Transe, Glauber Rocha

Quiçá em breve uma análise. Quiçá.

sábado, 25 de maio de 2013

Conexão

Apesar de estar longe, nunca me senti tão perto de uma pessoa.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

O Espelho Mágico

O imortal se tornaria mortal se olhasse seu reflexo no espelho mágico. Não sabendo o que é a morte, olhou-se.

domingo, 21 de abril de 2013

Eu não sou tão forte assim


Eu não sou tão forte assim. Eu suporto muita coisa. Eu suportei ser levada para psicólogos toda minha infância. Eu suportei ser encarada como diferente, estranha, autista. Eu suportei mudar para outra cidade no momento que eu tinha concretizado amizades. Eu consegui adquirir um “foda-se os outros” como escudo para assegurar minha paz. Eu consegui gostar de mim, mesmo diferente. Eu suportei um ano com um namorado que me xingava quase toda semana. Eu aprendi a amar, perdoar e olhar sempre o lado dos outros. Eu aprendi a fazer o bem sem olhar a quem. Eu aprendi a ser boa. Eu aprendi a escutar reclamações da minha mãe. Eu tento dar conselhos. Ela nega. Ela nega tudo. Às vezes ela chora. Eu quero abraçá-la. Mas cinco minutos e ela está brigando comigo de novo. Eu não sou tão forte assim. Eu cuido de três cachorros e uma gata. Eu cuido de uma casa inteira para que as reclamações dela sejam menores. Eu tento estudar. Eu tento ganhar dinheiro. Eu tento trabalhar pelo bem do meu curso. Eu tento segurar a saudade do amor da minha vida que está longe. Eu vejo o lado dela. Minha mãe reclama. Ela está pior que eu. Eu sou mais forte que ela. Eu não me coloco como vítima. Eu a coloco. Ela e sua mente. Ela não para. Ela quer conversar. Eu deixo ela falar. O conversar dela é reclamar. Eu deixo. Eu aconselho. Ela nega. Ela não quer ajuda. Ela quer reclamar, botar pra fora. Ela ainda quer conversar. Ela fala da novela. Não, novela não. Tudo menos novela. Novela me ofende. Ofende o amor que tenho pelo país. Ela quer falar. Ela está com depressão. Ela quer ser abraçada. Eu não consigo. Eu não sou tão forte assim. Desculpa. 

sábado, 20 de abril de 2013

Eu Te Amo



A vida é mesmo louca. Eu nunca acreditei no “amor de uma vida”, sempre acreditei em vários amores em uma só vida. Acho que porque nunca soube o que era ter pais casados, pois meus pais se separaram quando eu tinha dois anos. Quando eu tive meu primeiro namorado, eu passei a acreditar... brevemente. Porque depois de poucos meses o namoro se tornou algo depressivo que corroía a minha alma e que ao mesmo tempo, por uma certa teimosia burra, eu tinha medo de abandonar, e com isso abandonar o que pela primeira vez eu tinha acreditado: no amor de uma vida.
Em meio àquele namoro conturbado, eu conheci um outro homem, que logo se tornou meu amigo. E logo se apaixonou por mim e me conquistou sem esforço algum, pois ele era a pessoa que eu sempre quis amar. E, infelizmente, também era a pessoa que escutava eu reclamar do meu namorado e ao mesmo tempo pedir para que ele arranjasse outra, pois eu não podia amá-lo, mesmo já amando.
Depois de alguns meses de teimosia burra e estúpida, eu terminei com o meu namorado e comecei a namorar meu amigo, que me amava.
Daqui a alguns dias completamos seis meses de namoro e eu posso dizer que estão sendo os melhores meses da minha vida. E que é uma vitória para mim estar seis meses em um namoro sem brigas, pois no outro no primeiro mês já houve uma, que lembro até hoje.
Há seis meses eu estaria caminhando pela universidade e se olhasse um casal feliz como nós eu pensaria, pessimista: eles estão apenas no começo, não sabem o que os espera.
Agora parece tudo diferente. Seis meses é muito pouco, mas eles já me fizeram acreditar que existe o amor da minha vida. A ponto de minha mãe me perguntar se ele me ama para sempre. Sim, “para sempre”, ela perguntou. E eu disse sim. É cedo ainda para fazer essa afirmação¿ Se eu visse qualquer outro casal eu diria que sim, mas o que nós temos me faz afirmar quantas vezes forem necessárias. E se minha mãe pergunta, acho que transparecemos isso.
Essa certeza é tão forte a ponto também de eu querer falar isso para todo mundo. Eu, que, com minha teimosia, odiaria falar algo que estivesse errado ou incerto, que depois alguém fosse me falar “eu avisei”. Não, ninguém me fala avisos (ao contrário do meu antigo namoro, que todos falavam para eu terminar). Porque ninguém pode enxergar problemas na perfeição.
Porque é isso o que o amor é: perfeito. Obra e presente de Deus.
E agora eu acredito: no amor da minha vida. A ponto também de falar pra minha mãe, em meio à uma reclamação dela, que ela não encontrou o amor da vida dela. Que talvez já tenha visto, mas não enxergado. Mas que ele realmente existe. Ou existiu, se já morreu (eu e minha imaginação cruel e dramática).
E agora eu acredito nisso, que cada vida, cada ser humano, tem o seu amor. Seu único, seu eterno. Seu.
Te amo, Dan!

quinta-feira, 21 de março de 2013

A lua


Feliz é a lua. Quantas pessoas não a admiraram? Quantos casais apaixonados, compartilharam seu amor com ela? Um amor tão brilhante quanto ela? O sol não é tão feliz. Todos os dias, ele dá dois espetáculos: ao acordar e ao ir dormir. Mas ninguém olha. Ninguém olha seu brilho, ninguém olha as cores que ele pinta no céu todas as manhãs e todos os fins de tarde. Estão dormindo, trabalhando, ou no trânsito de volta pra casa. Depois vem a lua. Aí todos já estão em casa, jantando. Talvez alguns não olhem para a lua também, mas ainda existem outros que a observam. Às vezes ela se esconde, às vezes ela se exibe. E essa é a meiguice dela. Fica tímida às vezes. O sol não. O sol se mostraria todas as vezes, não fosse a chuva. A chuva é a mesma sempre. Pouca ou muita, sempre molha. Sempre traz felicidade ou tristeza. Alívio ou melancolia. Bênção ou raiva. Mas é sempre a mesma. A que molha o sertão e a roupa no varal. A lua é inconstante. Mulher de fases. Rouba o brilho do sol e ainda é digna de poemas. De casais apaixonados. Ainda o sol a ama e compartilha seu brilho com ela. E assim, de noite, todos vemos o brilho dele nela. O brilho dela, o brilho dele. O brilho dos dois juntos. E talvez seja por isso que ela é tão bonita. Ela tem os dois em si. Ela reflete o amor. O brilho dele que sem ela ninguém vê, e o brilho dela que sem ele não se vê. 

quinta-feira, 7 de março de 2013

Numa quarta feira à noite

"Porque antes de te conhecer achava que ninguém me compreenderia melhor que o Orwell."

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Ensaio sobre uma guerra pública: Análise do filme "Notícias de uma guerra particular" II

Em maio de 2010, eu vi o filme "Notícias de uma Guerra Particular" na aula de Sociologia e tive que fazer uma análise. Aqui está ela: http://yveehartt.blogspot.com.br/2010/05/ensaio-sobre-uma-guerra-publica-analise.html#comments

Agora, em fevereiro de 2013, vi esse filme novamente e tive que fazer outra análise para ele, para a disciplina de Cinema Documentário. É interessante eu me "auto-observar" como a análise de um mesmo filme mudou em 3 anos. Mesmo assim minha essência não muda, E nunca vai mudar. Aqui vai ela:


O filme busca depoimentos de todos os lados: de policiais; de chefe de polícia; de traficantes presos e soltos, menores ou maiores; do comandante do Comando Vermelho e de moradores do morro.
É interessante observar que tanto o discurso dos traficantes quanto o do chefe de polícia está em torno da pobreza, e principalmente do salário mínimo, que na época era R$120,00. O chefe de polícia fala que “é negócio”, trocar um emprego legal que lhes dá R$120 por mês, pelo tráfico que lhes dá R$300 por semana.
O chefe de polícia também fala que a sociedade quer que a polícia seja corrupta. Quer que haja repressão, para que os traficantes não saiam do morro, que se mantenham lá, que mantenham a violência lá, e que a guerra continue particular.
Ora, porque deveria ser particular, se o governo governa a todos? O problema de uns, que é problema do governo, não deveria ser problema de todos os outros, que escolhem por quem querem ser governados? Todos nós votamos porque todos nós deveríamos nos preocupar com o que o governo faz com o povo ou pelo povo.
Quando o filme foi feito, porém, era diferente de hoje. Hoje todas as comunidades se ainda não passaram, estão para passar pela repressão máxima que é a chamada “pacificação”, que às vezes é de fato pacífica (ou pelo menos é o que às vezes a mídia divulga) e às vezes não. Porém, ainda assim o tráfico não acabou.
            Outra diferença é que na época do filme o salário mínimo era de R$120. Hoje, é de R$678. O lucro dos traficantes era de R$300 por semana, ou seja, R$1200 por mês. O lucro pode ter aumentado ou diminuído, mas ainda assim parece que “é negócio”.
            O discurso do Comando Vermelho é de justiça. É de que todos os moradores do morro, ou que pelo menos todos os traficantes sejam iguais, tenham a mesma coisa. Ao mesmo tempo, os pequenos traficantes de 13 e 14 anos usam o dinheiro pra comprar tênis e roupas caras. Claro, eles são muito novos para terem consciência social (apesar de que garotos da classe média ou com mais dinheiro da mesma idade que eles terem menos consciência ainda), mas a mesma coisa acontecia com os mais velhos.
            Eu poderia ficar aqui falando que o problema está na educação, que não adianta aumentar o salário mínimo e tentar matar todos os traficantes enquanto que a educação não proporcione o verdadeiro senso de comunidade não só na favela, mas em todo o país. Mas eu estaria fugindo do que o documentário fala “concretamente”, porque ele apenas expõe o problema, as diversas visões dele, e espera que respondamos. Eu interpreto uma sugestão que o filme faz em seu título. Essa guerra não deve ser encarada como particular. Essa guerra é problema de todo o país. Essa é uma guerra pública. 

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Durante a noite

Ele disse: Não estou com sono.

Mas quis dizer: Por favor, fique comigo.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Amor: Felicidade, Tristeza e Melancolia

Não é possível ser totalmente feliz quando quem você ama está triste. Mas as pessoas tem medo da tristeza. E por isso que é possível, não provável, que as pessoas não queiram mais amar, a ponto de não amarem mais. E talvez esse seja meu maior medo. 
Eu tenho pena de pessoas que são totalmente felizes. Se é que existem pessoas assim. Primeiro, porque é sinal de que elas não amam, segundo, porque elas são superficiais, fúteis. Só quem vê apenas a superfície da vida pode ser totalmente feliz. Ou melhor - que na verdade é pior - só quem ignora a tristeza e não se aprofunda no essencial. Mas não acho que possa existir uma pessoa que nunca ficou triste. Ela teria uma vida terrivelmente chata. Discorda? Então pense num filme em que o protagonista não tem problemas. Chato. 
Mas é verdade que as pessoas não comparam a vida com um filme. Coisas impossíveis podem acontecer em um filme; porque, afinal, é só um filme. Na vida o impossível não existe. Só pessoas loucas - e eu me incluo nessa categoria - encaram sua vida como um filme. E aí você comete burrices como a vontade de ter momentos dramáticos para tornar a vida/filme sublime, e também fantásticos, para que seja inesquecível.
Mas voltemos à felicidade. Eu sou feliz. Ou melhor, não se É feliz, se ESTÁ ou NÃO ESTÁ feliz, porque felicidade é um estado. Certo, eu estou feliz. Mas a melancolia não me abandona. E melancolia sim, pode ser permanente. Eu sou melancólica e estou feliz. E as pessoas ignorantes confundem melancolia com tristeza. Melancolia não é tristeza. Melancolia é refletir. Sobre a tristeza, ou felicidade, tanto faz, mas é verdade que a melancolia não se esquece da tristeza. Graças a Deus, meus pensamentos mergulham profundamente na vida, não sou fútil. 
E talvez eu seja uma pessoa mais melancólia que as outras, porque mesmo estando feliz, eu não me esqueço da tristeza. Não a tristeza pela minha vida, que, estando feliz, não é triste. Mas a tristeza pela vida de quem eu amo. E eu amo muitas pessoas. Eu amo toda a humanidade. 
A humanidade está triste, logo, sou melancólica, pois a amo. 
E que haja um dia em que a verdadeira felicidade alcance a humanidade. Disse verdadeira pois não me referi à futilidade de pessoas "felizes". Não, pelo contrário. Desejo sim que as pessoas encarem a tristeza. Destruam a tristeza. Destruam o ódio, a ganância e consequentemente a desigualdade e a guerra.  E então, finalmente, alcancem a felicidade.








Se você se identifica com esse meu pensamento, ou se ficou curioso em se aprofundar nele, leia o livro de ficção que estou escrevendo, quando for publicado: 2216: A Caixa

Boa noite e beijinhos 

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Manifesto do Partido Comunista

"A burguesia (...) Afogou os fervores sagrados do êxtase religioso, do entusiasmo cavalheiresco, do sentimentalismo pequeno-burguês nas águas geladas do cálculo egoísta. Fez da dignidade pessoal um simples valor de troca; substituiu as numerosas liberdades, conquistadas com tanto esforço, pela única e implacável liberdade de comércio. Em uma palavra, em lugar da exploração velada por ilusões religiosas e políticas, a burguesia colocou uma exploração aberta, cínica, direta e árida.
A burguesia despojou de sua auréola todas as atividades até então consideradas dignas de veneração e respeito. Transformou em seus trabalhadores assalariados o médico, o jurista, o padre, o poeta, o homem de ciência.
A burguesia rasgou o véu de sentimentalismo que envolvia as relações de família e reduziu-as a simples relações monetárias."

Manifesto do Partido Comunista

Marx e Engels