quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Amor: Felicidade, Tristeza e Melancolia

Não é possível ser totalmente feliz quando quem você ama está triste. Mas as pessoas tem medo da tristeza. E por isso que é possível, não provável, que as pessoas não queiram mais amar, a ponto de não amarem mais. E talvez esse seja meu maior medo. 
Eu tenho pena de pessoas que são totalmente felizes. Se é que existem pessoas assim. Primeiro, porque é sinal de que elas não amam, segundo, porque elas são superficiais, fúteis. Só quem vê apenas a superfície da vida pode ser totalmente feliz. Ou melhor - que na verdade é pior - só quem ignora a tristeza e não se aprofunda no essencial. Mas não acho que possa existir uma pessoa que nunca ficou triste. Ela teria uma vida terrivelmente chata. Discorda? Então pense num filme em que o protagonista não tem problemas. Chato. 
Mas é verdade que as pessoas não comparam a vida com um filme. Coisas impossíveis podem acontecer em um filme; porque, afinal, é só um filme. Na vida o impossível não existe. Só pessoas loucas - e eu me incluo nessa categoria - encaram sua vida como um filme. E aí você comete burrices como a vontade de ter momentos dramáticos para tornar a vida/filme sublime, e também fantásticos, para que seja inesquecível.
Mas voltemos à felicidade. Eu sou feliz. Ou melhor, não se É feliz, se ESTÁ ou NÃO ESTÁ feliz, porque felicidade é um estado. Certo, eu estou feliz. Mas a melancolia não me abandona. E melancolia sim, pode ser permanente. Eu sou melancólica e estou feliz. E as pessoas ignorantes confundem melancolia com tristeza. Melancolia não é tristeza. Melancolia é refletir. Sobre a tristeza, ou felicidade, tanto faz, mas é verdade que a melancolia não se esquece da tristeza. Graças a Deus, meus pensamentos mergulham profundamente na vida, não sou fútil. 
E talvez eu seja uma pessoa mais melancólia que as outras, porque mesmo estando feliz, eu não me esqueço da tristeza. Não a tristeza pela minha vida, que, estando feliz, não é triste. Mas a tristeza pela vida de quem eu amo. E eu amo muitas pessoas. Eu amo toda a humanidade. 
A humanidade está triste, logo, sou melancólica, pois a amo. 
E que haja um dia em que a verdadeira felicidade alcance a humanidade. Disse verdadeira pois não me referi à futilidade de pessoas "felizes". Não, pelo contrário. Desejo sim que as pessoas encarem a tristeza. Destruam a tristeza. Destruam o ódio, a ganância e consequentemente a desigualdade e a guerra.  E então, finalmente, alcancem a felicidade.








Se você se identifica com esse meu pensamento, ou se ficou curioso em se aprofundar nele, leia o livro de ficção que estou escrevendo, quando for publicado: 2216: A Caixa

Boa noite e beijinhos 

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Manifesto do Partido Comunista

"A burguesia (...) Afogou os fervores sagrados do êxtase religioso, do entusiasmo cavalheiresco, do sentimentalismo pequeno-burguês nas águas geladas do cálculo egoísta. Fez da dignidade pessoal um simples valor de troca; substituiu as numerosas liberdades, conquistadas com tanto esforço, pela única e implacável liberdade de comércio. Em uma palavra, em lugar da exploração velada por ilusões religiosas e políticas, a burguesia colocou uma exploração aberta, cínica, direta e árida.
A burguesia despojou de sua auréola todas as atividades até então consideradas dignas de veneração e respeito. Transformou em seus trabalhadores assalariados o médico, o jurista, o padre, o poeta, o homem de ciência.
A burguesia rasgou o véu de sentimentalismo que envolvia as relações de família e reduziu-as a simples relações monetárias."

Manifesto do Partido Comunista

Marx e Engels