quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Falando um pouquinho de História recente

Olá, meus amigos!
Hoje foi meu primeiro dia de aula depois de longas e deliciosas férias! Confesso que, como sempre, ontem estava triste por terminar as férias, mas até que gostei das aulas de hoje. Não foram tão insuportáveis assim. Só fiquei um pouco assustada quando vi a quantidade de material a ser usado em apenas um mês! È mais ou menos o triplo do que eu estava acostumada para um bimestre! Mas tudo bem. Se eu fizer tudo, tenho certeza que entrarei na USP. O meu sonho (ou um dos). O desafio é eu não morrer de estresse antes...
Hoje realmente é um dia muito importante. Além de ser o primeiro dia de aula no terceirão, hoje também é aniversário de 20 anos do meu irmão. Parabéns, Gabriel (eu sei que ele nem lê o blog, mas fica aí meus parabéns). Eu disse pra ele que ia fazer um bolo hoje e nem fiz... Vou fazer amanhã. Hoje também é o aniversário sabem de quem? Do blog! Ele está fazendo um aninho! He he he, o meu filho já está crescidinho...
Bom, para comemorar esse dia tão especial, quis por um texto que eu mesma tenha feito, e colocar as minhas próprias frases.
No fim do ano eu escrevi um texto na prova de História (as provas são sempre discursivas, e eu adoro!) e o professor sugeriu que eu postasse-o no meu blog. Vou postá-lo com algumas poucas alterações, pois às vezes menciono partes dos textos contidos na prova.

“A URSS havia acabado. A ideia do socialismo espalhado pelo mundo só reinava em alguns corações esperançosos. O socialismo era associado a ditaduras e os socialistas tidos como retrógrados. Agora começava o sonho dos países desenvolvidos capitalistas e o pesadelo dos países subdesenvolvidos: a Globalização.
Nesse contexto, é fácil entender porque o nacionalismo era mal visto (pois não cabe nacionalismo num mundo globalizado, além deste ser uma característica de ditaduras) e o neoliberalismo ser idolatrado.
Esse prefixo “neo”, que significa “novo”, não se encaixa muito bem, já que voltaram as relações coloniais do século XIX, e como disse Orwell, e todo mundo sabe, o Capitalismo é mantido pela desigualdade. A Globalização, a DIT (divisão internacional do trabalho) e a OMC (Organização Mundial de Comércio) ajudam a manter essa base.
Boris Fausto um dia disse que para entender a política hoje é preciso analisar a política de ontem. Por isso, voltaremos à época de Vargas. Ele foi provavelmente o presidente mais nacionalista (em todos os sentidos) do país. O Brasil era um mero exportador agrário e Getúlio rompeu essa tradição com sua política de substituição de importações criando empresas nacionais e estatais. Isso fez com que o Brasil ultrapassasse a crise de 1929 rapidamente.
Infelizmente, vieram outros presidentes que aumentaram enormemente a dívida externa do país; além da inflação começar a crescer de modo descomunal. Os presidentes tentaram diversos modos neoliberais de conter a inflação. Fernando Collor foi o último. Ele confiscou as poupanças das pessoas, ação de um plano para conter a inflação que não deu certo. Incentivou a entrada de transnacionais e importações, aumentou a desigualdade e sofreu denúncias de corrupção pelo próprio irmão. Era óbvio de que depois das denúncias terem sido provadas, ele renunciou.
O vice de Collor era Itamar Franco, que nomeou FHC ministro da fazenda que implantou o plano Real e acabou com a inflação. Isso foi uma ótima propaganda que fez de Fernando Henrique o presidente na eleição seguinte. Com uma política ainda mais liberal, privatizou algumas empresas estatais e aumentou a dívida externa.
Em 2002, Lula virou presidente e retomou o nacionalismo de Vargas. Pagou a dívida externa e a balança comercial que estava em déficit com FHC, passou para superávit.
Hoje, os de direita continuam dizendo que as privatizações modernizam o país (incluindo a revista Veja) e os de esquerda falam que não.”

Foi esse o texto que me fez perder o intervalo (porque passei todo o tempo escrevendo-o), sonhar que tinha tirado 7,2 e depois, finalmente, ganhar um dez! =D Espero que tenham gostado. Um ótimo fim de noite para vocês, e que o meu blog, assim como o meu irmão tenham muitos e muitos mais anos de vida!

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Um ser multifacetado

“Tive vontade de lhe explicar que constantemente superestimo e subestimo a raça humana – que raras vezes simplesmente a estimo. Tive vontade de lhe perguntar como uma mesma coisa podia ser tão medonha e tão gloriosa, e ter palavras e histórias tão amaldiçoadas e tão brilhantes.
Nenhuma dessas coisas, porém saiu de minha boca.
Tudo que pude fazer foi virar-me para Liesel Meminguer e lhe dizer a única verdade que realmente sei. Eu a disse à menina que roubava livros e a digo a você agora.
UMA ÚLTIMA NOTA DE SUA NARRADORA
Os seres humanos me assombram.”

A Menina que Roubava Livros

Markus Zusak

A mim também.