Olá, amigos! Sendo bem sincera com vocês, não estou postando muito porque estou estudando muito para o vestibular. Mas prometo que pelo menos uma vez por mês postarei. O texto a seguir é de um livro que eu li e adivinha? Vai cair no vestibuar. Então é até bom eu estar aqui escrevendo sobre ele em vez de escrever outras coisas. O assunto o qual o texto trata não cairá no vestibular, mas da para você que vai fazer o vestibular da UFSC este ano, conhecer um pouco o perfil de uma personagem: Hilda de “O Guarda Roupa Alemão”. Eu gostei bastante do livro. Dos que eu li até agora do vestibular da UFSC, ficou em segundo lugar da minha preferência. O primeiro é “O Filho Eterno” (Leiam, é muito, muito, muito bom meeeesmo!). Os livros que li até agora do vestibular da USP, eu só li três, mas também entrou um livro na minha lista de livros preferidos: Dom Casmurro. Os meus outros livros preferidos você pode ver na minha estante aí ao lado.
Agora voltando ao assunto da Hilda, eu a adorei. Conheça-a melhor agora:
“- Bom Jesus é Deus?
- Tudo é um só Deus.
- Como é que pode???
(...) Comecei a ver que as coisas tinham muitas faces. O Espírito Santo, o Pai e o Filho eram um só? Como?
- É um mistério, filha. Nos mistérios de Deus ninguém pode entrar.
- E depois?
- Depois o quê?
- É só acreditar.
- Acreditar? Como? Ah! Há sei. Indo para a frente, pulando de amarelinho, sem queimar o pé no risco. Mas... eu vejo o risco. O amarelinho eu desenho no chão. Meu pé está aqui? E agora?
- Ué. Você não vê Nossa Senhora no altar? Não vê São José? O Senhor dos Passos que sofreu por nós na cruz?
O problema era que Nossa Senhora não falava. Não se mexia. Não saía do lugar. São José também.
(...)Dona Orita sempre me dizia que o negócio era acreditar em tudo e não fazer como São Tomé.
Não sei por que, tinha uma simpatia danada por esse São Tomé.
- Nada disso, guria. São Tomé foi castigado só porque não quis acreditar.
- Castigado??? Por quem?
- Ora por quem. Por Deus!
- Por Deus???
O negócio era juntar castigo com Deus. Não podia. Deus não podia castigar ninguém. Ele era...
- É sim, guria. Deus castiga, sim. Ora essa. O teu pai não te castiga?
- Quem? O pai? Imagina só...”
- Tudo é um só Deus.
- Como é que pode???
(...) Comecei a ver que as coisas tinham muitas faces. O Espírito Santo, o Pai e o Filho eram um só? Como?
- É um mistério, filha. Nos mistérios de Deus ninguém pode entrar.
- E depois?
- Depois o quê?
- É só acreditar.
- Acreditar? Como? Ah! Há sei. Indo para a frente, pulando de amarelinho, sem queimar o pé no risco. Mas... eu vejo o risco. O amarelinho eu desenho no chão. Meu pé está aqui? E agora?
- Ué. Você não vê Nossa Senhora no altar? Não vê São José? O Senhor dos Passos que sofreu por nós na cruz?
O problema era que Nossa Senhora não falava. Não se mexia. Não saía do lugar. São José também.
(...)Dona Orita sempre me dizia que o negócio era acreditar em tudo e não fazer como São Tomé.
Não sei por que, tinha uma simpatia danada por esse São Tomé.
- Nada disso, guria. São Tomé foi castigado só porque não quis acreditar.
- Castigado??? Por quem?
- Ora por quem. Por Deus!
- Por Deus???
O negócio era juntar castigo com Deus. Não podia. Deus não podia castigar ninguém. Ele era...
- É sim, guria. Deus castiga, sim. Ora essa. O teu pai não te castiga?
- Quem? O pai? Imagina só...”
O Guarda Roupa Alemão
Lausimar Laus
Vocês gostaram dela? Eu me identifico com ela. Ela questiona coisas do Catolicismo: Por quê adorar uma estátua que não se mexe? Ou, por que Deus nos castigaria se fizéssemos coisas erradas? Ele não é um Deus de amor? Como um Deus de amor pode fazer pessoas sofrerem? Os católicos que me desculpem, mas isso não faz sentido algum!
Lausimar Laus
Vocês gostaram dela? Eu me identifico com ela. Ela questiona coisas do Catolicismo: Por quê adorar uma estátua que não se mexe? Ou, por que Deus nos castigaria se fizéssemos coisas erradas? Ele não é um Deus de amor? Como um Deus de amor pode fazer pessoas sofrerem? Os católicos que me desculpem, mas isso não faz sentido algum!
Outro questionamento da Hilda é como que o Pai, o Filho e o Espírito Santo pode ser uma coisa só. É algo realmente complexo. Eu nunca me perguntei isso. Na verdade, nesse sentido eu acreditava sem questionar. Mas eu questiono muitas coisas sobre religião. Minha mãe é quem sabe porque 99% dos meus questionamentos são todos para ela. Eu não exporei nenhum deles aqui porque se não iria ficar umas três horas escrevendo sem chegar a conclusão nenhuma. Uma coisa somente que me questionei justamente sobre meus questionamentos foi que Eva comeu o fruto proibido porque achava que ele lhe daria todo o conhecimento que Deus tinha. O resultado: foi banida do paraíso (Castigo de Deus ou Consequencia?). O que eu quero dizer é que Deus não gostou quando Eva o desobedeceu. E será que ele gostaria de mim, de você, de Hilda, se perguntássemos tantas coisas? Se quiséssemos ter o conhecimento que Deus tem???
Perguntei isso para minha mãe. Ela disse que não, que Deus gostava que a gente questionasse. Acho que ela nem lembra que eu perguntei isso. Faz um tempão.
Bom, Platão dizia que o objetivo que todo filósofo deveria ter é tentar se igualar a Deus na questão do conhecimento. Pode ser que Platão estivesse errado. E pode ser que ele fosse até prepotente ao pensar isso, mas eu, com os meus questionamentos filosóficos, estou na mesma posição que Platão. E se Platão estava errado, quem sou eu para ser melhor que ele?
Nenhum comentário:
Postar um comentário