domingo, 27 de dezembro de 2009

A menina que gostava da menina roubadora de livros

Meus amigos, peço-lhes milhares de perdões pelos milhares de dias de ausência. Diversos fatores não me deixaram postar.
Não vou ficar perdendo tempo explicando cada um e vou direto ao ponto. Nesse ano li um livro apaixonante: A menina que roubava livros.

Alguns números sobre o livro
480 páginas-creme
1 menina
1 morte
alguns desenhos
milhares de lágrimas

Antes de passar uma dos seis trechos que recolhi dele, quero agradecer a Markus Zusak por ter escrito esse livro. Eu sei que ele não vai ler esse agradecimento, mas quero deixar registrado que me apaixonei por esse livro e estou muito agradecida pelos momentos que ele me proporcionou.
Muito obrigada.
Vou explicar um pouco o livro para a passagem a seguir ficar clara. O livro se passa na Segunda Guerra Mundial, na Alemanha. É a história de uma menina fascinada por livros e é narrada pela Morte. No trecho a seguir, os alemães estão num porão, esperando os aviões dos Aliados (com bombas) passarem.

“Quantas delas haviam perseguido outras ativamente, seguindo o rastro do olhar de Hitler, repetindo suas frases, seus parágrafos, sua obra? (...) senti pena deles, embora não tanta quanto senti dos que recolhi em vários campos nessa época. Os alemães nos porões eram dignos de pena, sem dúvida, mas ao menos tinham uma chance. Aquele porão não era um banheiro. Eles não tinham sido mandados para lá para tomar banho. Para essas pessoas, a vida ainda era alcançável.”
A menina que roubava livros
Markus Zusak

Esse pequeno trecho fala de duas coisas que me chamaram a atenção. A primeira é que alguns daqueles alemães eram fiéis a Hitler, daqueles que falavam “heil Hitler”, como comprimento. Entretanto, o que o Führer deu a eles como recompensa à sua lealdade? A guerra. A morte. O medo. O ódio.
Outra coisa foram os judeus. Pois é, a vida para os alemães não-judeus, era ALCANÇÁVEL, para os judeus, nem isso. É triste pensar que um ser humano pode acreditar piamente que um grupo de seres humanos deve morrer. Mais triste ainda é pensar que esse mesmo ser humano faz milhões de pessoas também acreditarem na mesma coisa. Não tenho mais palavras para falar de tal assunto. É uma época cinzenta da nossa História.

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