segunda-feira, 21 de março de 2011

O que é realidade?


Olá, pessoas!
Eu não escrevi nada no Diário do Escritor esse fim de semana primeiro porque eu não observei nenhuma cena muito interessante que pudesse me dar alguma inspiração e segundo porque eu pensei que se a ideia do Diário do Escritor é justamente guardar observações que possam um dia se tornar algum trabalho, eu não deveria publicar essas observações, pois seriam meu material no futuro.
Agora vamos ao que realmente importa hoje:
No primeiro dia de aula a gente assistiu a um filme muito doido: A Montanha Sagrada.
Você até pode assistir, se quiser, mas eu não sei se recomendo... é muito surreal demais...
Enfim, eu escrevi sobre o que este filme me fez pensar (na verdade esse filme me fez pensar em outras coisas além do que eu escrevi, mas se eu tivesse escrito tudo, ficaria um texto enorme). Lá vai ele:

"Buscando descobrir o que é realidade

Sagrado. Se formos definir essa palavra, podemos dizer que é algo que não é deste mundo e portanto não pode ser tocado por mãos humanas. Talvez por isso existam tantos mitos de montanhas sagradas, pois elas desafiam as pessoas a alcançar seu topo e poucas conseguem fazê-lo. Mas por que queremos tanto alcançar o topo da Montanha Sagrada? Pelo mesmo motivo que Eva comeu o fruto do conhecimento do Bem e do Mal: Para descobrir o que é realidade.

É uma tarefa difícil. Principalmente se considerarmos que desde que nascemos milhares de verdades são impostas a nós e quando crescemos a nossa filosofia de vida e nossa visão de mundo já estão formadas. Por isso, para descobrirmos o que é realidade, devemos voltar à época do nosso nascimento e esquecer tudo o que vivemos até agora.

Então encontramos duas mulheres nuas cujos cabelos estão sendo raspados. A mesma coisa irá acontecer conosco, para voltarmos a ser bebês indefesos, prontos para começar a viver.

Logo depois, nós encontramos um homem que parece Jesus Cristo e ele está sendo crucificado e apedrejado por índios. Na cena seguinte, estes mesmos índios foram mortos e parece que aquele Jesus Cristo foi vingado. Neste momento, nós nos lembramos que já ouvimos uma história assim antes, mas que quem crucificou Jesus Cristo foram os judeus, que para alguns cristãos, estavam representando toda a humanidade. Aí nós nos lembramos daquela outra história, que nos anos 1940 milhares de judeus foram mortos. Assim como aqueles índios do começo da história.

Voltamos à nossa questão primordial: o que é realidade? Bem, para aquelas pessoas que mataram os judeus, os nazistas, a verdade era que os judeus realmente deveriam morrer. O homem que teve essa ideia, fez o segundo discurso mais convincente da História. Pensando nisso, nós percebemos que ele realmente acreditava naquilo.

O curioso é que quem fez o discurso mais convincente da História foi Jesus Cristo e pela visão de Hitler, Ele teria apoiado tudo o que o nazista fez, mas o discurso falava exatamente o contrário.

Um pouco depois, nós vemos a representação dos espanhóis (que seriam cristãos) invadindo o território mexicano e matando milhares de índios (que seriam pagãos). Então nós lembramos todas as guerras que já foram travadas por causa da Religião. Cada povo afirmando que o seu deus é verdadeiro e que os outros são mentiras. E nós ficamos perdidos.

Nós estamos enxergando diversas verdades, qual delas é a realidade? Será que há uma única realidade?

Desde que nascemos, aprendemos que é realidade tudo o que não é sonho. Mas enquanto estamos sonhando, tudo parece real. Então, como podemos ter certeza se exatamente neste momento não estamos, na verdade, sonhando? E quando acordamos e nos lembramos do nosso sonho, nós poderemos guardar a lembrança deste sonho no nosso cérebro, assim como guardamos a lembrança do que fizemos ontem. Aí nós pensamos: qual é a diferença de uma lembrança para a outra? Uma é real e a outra não? Mas se essa lembrança não real ocupa um espaço no nosso cérebro, ela não é, de certa forma, real?

No final, nós descobrimos que subir a Montanha Sagrada (se é que conseguimos subir mesmo) não nos permite enxergar a realidade. Nós somente estamos numa altura o suficiente para podermos ver, lá embaixo, todas as verdades existentes. Talvez um dia nós consigamos ver o que é realidade. Ou não."

sexta-feira, 18 de março de 2011

Diário do Escritor III (As portas abertas do ônibus)

Agora pouco eu estava no ônibus voltando para casa (bem que o meu professor disse que o ônibus é um ótimo lugar para observações de escritores hehe) e vi uma cena bonitinha, engraçada e curiosa. Eu estava no terminal da lagoa ainda, o ônibus estava parado e de portas abertas.
Vi um menininho de uns quatro anos falando com uma mulher que devia ser sua mãe:

- Esse ônibus vai de porta aberta?
- Não.
- Aquele ônibus vai de porta aberta?
- Não.
- Algum ônibus vai de porta aberta?
- Não. Quando o ônibus vai de porta aberta está errado. Quando o motor que fecha a porta está quebrado.
- E aí as pessoas caem?

Depois de achar graça no menininho, eu levei o meu pensamento para o lado social (sempre levo) e pensei que aquele menino estava sendo acostumado à pobreza. Obviamente, não de propósito, mas estava sendo acostumado a andar de ônibus. Além disso, ele ainda ficou sabendo de ônibus quebrados e/ou com algum defeito e isso, cá entre nós de Florianópolis, é bem comum...

quinta-feira, 17 de março de 2011

Diário do Escritor II (Brasil Novo!)


Agora, postando a anotação do Diário do Escritor de hoje:

Hoje eu fui para o centro fazer uma Carteira de Trabalho. Cheguei lá e me deram uma senha que só seria chamada no dia 29 de março! Primeiro fiquei indignada por ter que voltar lá dia 29 de março e também por ter que esperar tanto. Depois pensei pelo lado bom. Se a minha senha só seria chamada dia 29 de março, era porque muitos brasileiros estavam fazendo uma Carteira de Trabalho também! Isso é ótimo para o país, temos cada vez mais brasileiros trabalhando com Carteira assinada e consequentemente mais brasileiros terão acesso aos seus direitos!

Diário do Escritor I (Algo que me lembrou o Admirável Mundo Novo)



Olá, amiguinhos!
Eu estou adorando a faculdade! Por enquanto eu tive mais aulas de Literatura e Escrita que Cinema, mas não tem problema nenhum, porque todos esses fazem parte do meu coração!
Sim, eu sei que a ideia deste blog é eu colocar uma frase que eu tirei de algum lugar e depois falar sobre ela, mas não vou fazer isso hoje.
O meu professor de Expressão Escrita (que também é professor de Teoria da Literatura) sugeriu para que cada aluno fizesse um Diário do Escritor. O Diário do Escritor seria um caderninho que os alunos levariam sempre consigo e que anotariam algo interessante que observaram durante o seu dia.
De certa forma, eu já tenho um Diário do Escritor, um caderninho que eu levo sempre comigo e que quando tenho alguma ideia para livro/conto/crônica/filme/ou o que mais vier à minha cabeça, eu anoto nele.
É claro que eu não escrevia nele todos os dias (mesmo sendo criativa, não tenho ideias a toda hora). Só que o meu professor falou pra a gente escrever no Diário do Escritor todos os dias! E eu não vou usar o meu caderninho companheiro para ser Diário de Escritor, porque não quero lotá-lo de coisas (ele é especial).
Portanto decidi que enquanto eu não compro outro caderninho para ser o Diário do Escritor, eu vou usar o blog para isto. E além disso eu ainda garanto postagens todos os dias!
Então lá vai, essa anotação vale pela observação de ontem:

Eu estava voltando à pé da UFSC, indo para o Shopping Iguatemi me encontrar com a minha mãe, quando vi a Escola de Polícia Militar. Eu já havia passado por ela muitas vezes, mas nunca tinha reparado nas pessoas de lá dentro.
Eu vi vários rapazes enfileirados e quietos, todos com cabelo raspado, camisas para dentro da calça e posturas retíssimas. Na hora eu me lembrei do Admirável Mundo Novo, e eles seriam as classes baixas, aquelas que usavam roupas iguais (não lembro o nome das classes baixas). Não julgo quem escolhe pela carreira militar, mas sinceramente não entendo o porquê de escolher. Aqueles rapazes não pareciam que tinham personalidade, pareciam que estavam sendo moldados para aceitar o Capitalismo, ou sei lá mais o que. Nada como poder fazer tatuagem e piercing (eu não pretendo fazer, mas fico feliz por não ter ninguém me proibindo disso) ou pintar o cabelo (sim, isso eu faço).
E viva a originalidade!

sábado, 12 de março de 2011

Vida Nova!

Olá, amiguinhos!
Eu sei...Eu sei que estou há um tempão sem postar por aqui...
Mas esse ano começou de um jeito tão diferente do dos anteriores que não consegui nem organizar a minha cabeça para escrever algo decente aqui.
Então vamos lá... preciso contar a vocês tudo o que aconteceu na minha vida até aqui. Assim eu vou contar as novidades e também tenho uma desculpa por ter ficado tanto tempo sem escrever...

No começo do ano eu fiz a segunda fase da FUVEST para Ciências Sociais. E não passei. ¬¬
Fiquei triste no começo e até me achei um pouco fracassada, eu queria muito ir morar em São Paulo novamente.
Mas passei pra Cinema na UFSC. E agora já estou empolgada com o curso. Só acho que vou sentir um pouco de falta de aulas sobre Política. (Eu tinha muitas aulas que tinham a ver com Política no Colégio da Lagoa, principalmente a de Sociologia) Pretendo, a partir do segundo semestre porque no primeiro não é permitido, cursar algumas disciplinas de Ciências Sociais e Filosofia.
Vejamos o que mais tenho que falar...
Quando voltei de Sampa para Floripa nas férias, encontrei o meu pc quebrado ¬¬. Ele ainda está no conserto e eu tenho que usar o do meu irmão (quando está livre). Essa também é uma boa desculpa para não ter escrito nada por aqui... Só que sem o meu pc eu também quase não pude escrever o livro que estou escrevendo. Eu havia planejado, desde o ano passado, que terminaria de escrevê-lo antes das aulas e já o mandaria para a Biblioteca Nacional para registrar no meu nome e depois só ficaria preocupada em mandar para as editoras. Como eu não sabia o que me esperaria na faculdade, achei que seria melhor já ter escrito o livro, para ter mais tempo para me dedicar aos estudos. Mas tudo bem. Quandoo meu pc voltar do conserto eu finalmente vou poder terminar o meu livro ^^.
Outra coisa que eu gostaria de ter feito nessas férias é ler. Os meses de janeiro e fevereiro geralmente são os mais produtivos para leitura, nos anos anteriores eu li uns cinco livros só nesses dois meses. E este ano? Bem, este ano eu ainda não consegui terminar de ler nenhum! Este ano realmente está sendo e será muito diferente dos outros.
Nesse carnaval a minha amiga Ana veio para ca. Nós fomos para algumas festas e nos divertimos muito. Os momentos mais engraçados foram os que estavam dando milhares de coisas erradas. Fez-me pensar que quando você está com um amigo, mas um amigo mesmo, como a Ana (nos conhecemos há dez anos!), qualquer momento pode ser divertido. Nós duas tivemos momentos realmente terríveis, por exemplo: acordamos às 5h da manhã para ir para a praia ver o nascer do sol. Chegamos lá e.... começou a chover!! Mesmo assim nós começamos a rir da nossa desgraça. Não importava que estava chovendo, nós estávamos juntas e isso era muito bom.

Acabei de assistir a um filme que gostei muito. Chama-se "Em Qualquer Outro Lugar". Eu me identifiquei muito com o filme, pois conta a história de uma mãe que se muda para Beverly Hills com a sua filha. Houve uma parte do filme que me lembrou o meu Natal do ano passado. No filme, as duas são convidadas para uma festa na casa da amiga da menina. A menina se arruma e vê a sua mãe fazendo faxina. A mãe diz que não vai mais à festa e a menina sai de casa com raiva e começa a socar a parede. Pensei que a menina poderia ter ido à festa sozinha, sua mãe falou para ela ir, mas ela não poderia passar o Natal longe da sua mãe.
Agora vou contar como foi o meu Natal no ano passado.
Eu, a minha mãe e o meu irmão fomos viajar de carro para São Paulo no dia 24. Estávamos os três com um mal pressentimento, mas fomos mesmo assim.
Estávamos na estrada quando um carro nos ultrapassou numa curva (detalhe: estava chovendo e a pista estava molhada) e começou a derrapar na nossa frente. A primeira reação do meu irmão (que estava dirigindo) foi freiar, mas como nós estávamos em alta velocidade e em uma curva, nós fomos tangencialmente para o mato.
Não aconteceu nada com a gente. O pneu estourou e a parte de baixo do carro foi toda arranhada porque tinha uma pedra (não lembro direito o que aconteceu com o carro, mas não importa). Bom, nós três chamamos o gincho e ficamos horas em um posto de gasolina porque o carro não podia prosseguir viagem (o balanceamento estava todo estragado). O que me chamou atenção foi que encontramos várias pessoas preocupadas conosco e querendo nos ajudar. Aquilo era Natal. Por isso agora agradeço a todas as pessoas que nos ajudaram naquele dia: os frentistas, o motorista do gincho, o mecânico. Também agradeço ao amigo do Gabriel Felipe, que foi nos buscar lá em Joinvile. Agradeço a ele e ao João, nosso vizinho, por terem nos convidado para as suas ceias, apesar de nós não termos ido a nenhuma das duas (queríamos ficar em casa e dormir cedo, nos estressamos muito). Agradeço a minha mãe, por ter ido ao supermercado e improvisado uma ceia tão deliciosa.
Agradeço a minha família por ser exatamente como ela é.
Esse texto sobre o Natal deveria ter sido escrito próximo ao Natal, mas não foi possível. Mesmo assim, às vezes eu penso porque algumas pessoas só pensam em ser fraternais no Natal. Portanto esse texto pode sim ser postado hoje, dia 12/03/2011, se você for fraternal nesse dia. Finja que todos os dias é Natal.